A perda auditiva unilateral acontece quando apenas um dos ouvidos apresenta dificuldade para ouvir, enquanto o outro mantém a audição preservada. Apesar de parecer menos grave do que a perda em ambos os ouvidos, ela pode afetar profundamente a comunicação, a percepção sonora e a qualidade de vida.
Neste artigo, você vai conhecer as principais causas, os impactos no dia a dia e as soluções mais indicadas para lidar com a perda auditiva unilateral.
O que é perda auditiva unilateral?
Esse quadro ocorre quando apenas um ouvido tem redução da capacidade de ouvir sons. A perda pode ser temporária ou permanente, leve ou profunda, e precisa sempre de avaliação profissional.
Mesmo com o outro ouvido saudável, o cérebro perde a chamada audição binaural, essencial para:
- Localizar a origem dos sons.
 - Diferenciar vozes em ambientes ruidosos.
 - Compreender a fala com clareza.
 - Manter equilíbrio e segurança no dia a dia.
 
Por isso, esse tipo de perda não deve ser subestimado, já que afeta tanto crianças quanto adultos em aspectos sociais, emocionais e cognitivos.
Causas mais comuns
Entre os fatores que podem levar à perda auditiva unilateral estão:
- Tampão de cera ou objetos no ouvido – geralmente causam perda temporária.
 - Infecções – otite média, labirintite ou neurite vestibular.
 - Exposição a ruídos intensos – explosões, fogos ou tiros.
 - Alterações congênitas ou genéticas – malformações ou mutações.
 - Doenças neurológicas ou tumorais – como o neurinoma do acústico.
 - Traumas na cabeça ou ouvido – acidentes ou cirurgias.
 - Perda auditiva súbita – de início rápido, considerada urgência médica.
 
Identificar a causa é essencial para definir o tratamento adequado.
Impactos no dia a dia
Mesmo ouvindo de um lado, as limitações são reais:
- Dificuldade para identificar de onde vem um som.
 - Problemas para entender conversas em ambientes barulhentos.
 - Maior cansaço mental, já que o ouvido saudável precisa compensar.
 - Isolamento social por insegurança em interações.
 - Prejuízo escolar em crianças.
 - Alterações no equilíbrio e percepção espacial.
 
Ou seja: a perda unilateral afeta diretamente a autonomia e a qualidade de vida.
Diagnóstico
O diagnóstico inclui:
- Histórico clínico detalhado.
 - Exames otorrinolaringológicos.
 - Audiometria tonal e vocal.
 - Exames de imagem (ressonância ou tomografia) em casos suspeitos de alterações neurológicas.
 
Esse processo deve ser conduzido por um otorrinolaringologista em conjunto com o fonoaudiólogo.
Soluções e tratamentos
As opções variam conforme a causa e o grau da perda:
- Tratamentos médicos ou cirúrgicos – remoção de cera, antibióticos, cirurgias corretivas.
 - Aparelhos auditivos – modelos convencionais ou sistemas CROS, que transferem o som do ouvido afetado para o saudável.
 - Implante coclear – indicado para perdas severas ou profundas.
 - Reabilitação auditiva – acompanhamento fonoaudiológico para adaptação.
 - Apoio psicológico – para lidar com inseguranças e fortalecer a autoestima.
 
Qualidade de vida em foco
A perda auditiva unilateral pode parecer pequena, mas traz grandes desafios. Felizmente, com diagnóstico precoce, acompanhamento especializado e o uso das tecnologias adequadas, é possível recuperar a segurança, a confiança e retomar uma vida ativa.
				